@Diálogo com autores(as)@

34 comentários:

Rilene Soares disse...

Para Dra.Joana Peixoto

Concordo quando afirma que "as TIC não devem ser consideradas tão somente em sua dimensão técnica, como também seus conflitos sociais, suas formas de acesso e apropriação. Considerando dentre outros aspectos: sua mediação social, econômica e cultural dos sujeitos e sua relação mútua de dependência." Portanto a integração entre tecnologia e prática pedagógica na atualidade tem uma reação intrínseca, isso é inquestionável. Aí me pergunto até que ponto nosso sistema educacional está preparado para tanto?

Rilene Soares disse...

Dra. Joana Peixoto,

Não é que eu recrimine ou mesmo negue a prática pedagógica à distância,pois esta além de real faz-se necessária, mas ainda primo-me pelo ato presencial da mesma.Entretanto, obrigado por prestar-me seu tempo para esse delicioso colóquio.

Abraços,

Por Rilene Soares

Silvia Rodrigues disse...

Olá Professora Doutora Joana Peixoto! em primeiro lugar quero parabenizá-la pelo artigo sobre as TIC. Em segundo lugar Gostaria de saber se em algum momento encontrou dificuldade em escrever e comentar a respeito das TIC na Educação?

Aluna: Sílvia Rodrigues
Graduação em Administração de Empresas
Pós-graduanda em Docência Universitária III.

jessé mendes disse...

Prof.ª Dra Joana Peixoto
É um grande prazer poder dialogar com uma professora do seu nível. Seu artigo sobre às TIC é muito interessante e profundo. Gostaria de entender, de uma maneira mais prática, a seguinte frase:
"A Atividade de um indivíduo representa um sistema de relações sociais, para além dos quais não existe atividade humana."
Jessé Mendes
Aluno da Pós-graduação em Docência Universitária III.

Anônimo disse...

Olá Prof.ª, Dra Joana Peixoto

É muito gratificante esta oportunidade que a senhora está nos dando de tirar dúvidas sobre esse assunto que tememos tanto. Embora as tecnologias estão em nosso cotidiano, temos tão pouco conhecimento no que se refere a elas, que se torna até difícil questionar sobre o que não dominamos.
Segundo o texto que nos trouxe a esse diálogo, TIC é tudo que envolve tecnologia com a finalidade de informar e comunicar. Acontece que os brasileiros em sua maioria, somos “analfatecnologicodigital” ( heheh ... de fato esse nome não existe!). As políticas de ensino no Brasil, até distribuem equipamentos tecnológicos para as escolas, no entanto o acesso que os alunos têm a esses aparatos é restrito e limitado. Outro fator é a falta de professores preparados para esse novo ensino, sendo que toda tecnologia surge seguida de uma inevitável necessidade de conhecimento. O que a senhora diz a esse respeito?

Belmice Naves Pereira de Oliveira
Aluna de Pós-graduação em Docência Universitária.

Pollyana Martins disse...

Profª. Drª. Joana Peixoto,

Muito prazer em conhecê-la! É uma honra desfrutar de um bate-papo por meio eletrônico com quem entende tanto desse assunto.
Profª. Joana, de acordo com seu artigo “Tecnologias e Práticas Pedagógicas: as TIC como instrumentos de mediação”, “[...] a mediação da atividade humana pelos artefatos é considerada como o fato central que transforma as relações do sujeito com o mundo, as funções psicológicas e condiciona o seu desenvolvimento.” Como a profª. avalia o impacto das TIC sobre o comportamento e desenvolvimento dos estudantes, do ponto de vista do crescimento pessoal destes?

Pollyana Martins Santana
Aluna da Pós-Graduação em Docência Universitária

Pedro Martins Arquitetura e Design disse...

Olá Prof.ª, Dra Joana Peixoto,

Achei muito interessante a discussão das TICs em complemento do ensino, auxiliando no aprendizado na esfera educacional. Só tenho uma ressalva a destacar na minha visão que esse auxílio é mais um meio de facilitar a comunicação no ensino, contudo para que esse processo seja realizado de uma forma mais adequada ainda estamos presos a falta de qualidade no ensino desde sua estrutura básica ao ensino superior. Se a cada dia não for combatido esses problemas e essas defasagens as TIC não vão auxiliar de uma forma que beneficie claramente nossos estudantes. Desde já agradeço a sua atenção e seu tempo disponibilizado afim de realizar essa discussão com a gente estudantes de docência da unievangélica.

Alex disse...

Olá Profª Joana!

Sou administrador e teólogo. Gosto da docência e da pesquisa. Entendo que a questão do letramento digital é, ainda, um grande desafio à implementação efetiva das TIC no processo ensino-aprendizagem de nosso contexto. Percebo que tanto professores, sobretudo da esfera pública, quanto alunos, carecem de um nivelamento nesse sentido, com maior ou menor incidência de acordo com a região. Entendo também, que além deste desafio principal, há outros estruturais no que toca a necessidade de uma formação para a autonomia, para a denominada Sociedade do Conhecimento - e isso envolve iniciativas públicas e privadas. Nesse sentido, se pudesse elencar ao menos 5 grandes desafios, do ponto de vista estratégico e na perspectiva do mais importante (1) para o menos importante (5), quais seriam, de acordo com a sua leitura e visão crítica do sistema educativo brasileiro?

alessandra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
alessandra disse...

Olá Prof.ª, Dra Joana Peixoto,
Meu nome é Alessandra sou licenciada em matemática e apaixonada pela educação.
Confesso que até algum tempo atrás eu era totalmente contra a educação a distância, pois para mim a relação professor-aluno e aluno-aluno que deveria ser um convívio frequente, sala calorosa com troca de experiências , questionamentos, críticas, onde juntos chegassem a uma conclusão e construíssem um conhecimento significativo e concreto. Eles trancavam em um quarto com a companhia de uma máquina, se isolando do mundo e ficando cada vez mais sozinhos. Hoje embora ignoro muitas coisas referente a educação a distancia, a vejo de uma forma diferente. Qual o seu ponto de vista a respeito do dilema abordado a cima?

Anônimo disse...

Quando se fala em ensino a distancia (E a D), temos que olhar todos os níveis: técnico, superior, tecnológico e, até mesmo uma especialização... A senhora acha que o brasileiro está preparado; mesmo com o grande índice de analfabetismo funcional; para um aprendizado individual?
Belmice

Anônimo disse...

Quanto ao mundo do trabalho, quem faz um curso a distância não sofre preconceito?

Belmice

Juliana disse...

Boa noite Profª. Joana! É um prazer enorme conhecê-la e desfrutar de uma oportunidade tão valiosa como essa de poder discutir um tema que até mesmo nos dias de hoje causa uma incerteza e acaba gerando muitas dúvidas. Quanto as qualidades da EaD sabemos que são inúmeras; desde a flexibilidade, autonomia na organização do tempo de estudo até a satisfação de necessidades educativas ditadas por situações socioeconômicas específicas de regiões ou localidades. Posso estar enganada, e conto com a ajuda da senhora para solucionar essa dúvida que se instala em mim. O aluno de EaD não se sente desamparado durante o curso totalmente a distância? Obrigada desde já pela atenção e parabéns pelo seu trabalho!

Pós-graduanda: Juliana Naves Silva

Juliana disse...

Boa noite Profª. Joana! Em seu artigo a senhora considerou vários níveis na relação mediadora entre o sujeito e o objeto de conhecimento, esses níveis estão relacionados aos artefatos da vida cotidiana e os artefatos concebidos ou adaptados a finalidades pedagógicas? Agradeço desde já pela atenção!

Pós-graduanda: Juliana Naves Silva

Joana disse...

Rilene, o sistema educacional brasileiro desde antes dos anos 1960 é baseado numa dicotomia: ampliou o número de vagas e não conseguiu manter o nível de qualidade. Isto porque, para manter a qualidade anterior seria necessário um maior investimento na estrutura das escolas e na preparação de professores. Mas, se estamos estudando sobre a educação, precisamos nos comprometer com um pensamento que considere a possibilidade de mudança. Eu acho que o professor é um trabalhador intelectual e não um profissional que desempenha uma função eminentemente técnica. Por isto, acho que quem se dedica à formação de professores pode contribuir muito se conseguir convidar os professores a pensarem criticamente sobre um assunto. Para isto, é imprescindível que os professores estudem e leiam de forma autônoma e regular. Aproveito para agradecer à professora Claudia por ter indicado um artigo meu para a leitura. É maravilhoso para o autor debater diretamente com os seus leitores. E aí aproveito para abordar a outra questão que você propôs. Na verdade, a educação a distância é também um pretexto para nós, professores, debatermos sobre o uso de tecnologias para a realização da mediação pedagógica: veja que interessante para mim poder trocar idéias com professores que estão lendo um artigo que foi publicado recentemente. Eu posso trocar idéias, verificar o alcance e a pertinência de minhas idéias e progredir em meus estudos...E isto por meio de um recurso de comunicação eletrônico!

Joana disse...

Silvia Rodrigues, já tem um tempo que me dedico aos estudos sobre as relações entre as tecnologias e a educação e abordo este tema com meus alunos. E eu me dedico a este tema justamente porque eu o considero um problema. Ou seja, eu gosto de estudar este assunto para compreendê-lo melhor, para superar as visões superficiais e preconceituosas que encontro em boa parte da literatura acadêmica. A minha preocupação inicial, que mobilizou a minha tese de doutorado e que continua me intrigando é a associação automática entre as tecnologias e a inovação pedagógica. Ou seja, o que me instigou desde o início é o discurso que afirma que, se utilizarmos as tecnologias na educação estaremos automaticamente fazendo uma educação moderna e estaremos transformando as práticas conservadoras.

Joana disse...

Jessé Mendes, esta frase está no contexto dos autores citados no artigo, especialmente Vigotski. Para este autor o sujeito é sempre um sujeito social. Falando de meu jeito: para este autor e todos aqueles que postulam o materialismo dialético, o indivíduo só se constitui enquanto sujeito, só se torna um sujeito, só se torna alguém que possui uma identidade social, uma visão de mundo e ocupa um papel ativo neste mundo, quando está em relação com os outros indivíduos de seu meio social. Espero que tenha ajudado...

Joana disse...

Belmice, acho que é um bom sinal quando você revela a sua preocupação com o verdadeiro conhecimento que temos sobre as tecnologias. Significa que você não está deslumbrada com toda esta parafernália tecnológica que nos rodeia e que penetra todas as esferas de nossa vida. Mas eu preciso te dizer que, na verdade, hoje, ricos e pobres, homens e mulheres, idosos, jovens e crianças, escolarizados e não escolarizados, TODOS temos contato direto ou indireto com as tecnologias eletrônicas: telefone celular, placar no campo de futebol, caixa eletrônico, jogos eletrônicos, Orkut e por aí vai. A questão é que cada um se relaciona e utiliza as tecnologias de acordo com as suas possibilidades de acesso e com suas necessidades. E nem todas estas diferentes formas de uso são úteis para a aprendizagem escolar. Eu tenho um artigo sobre o assunto e a professora Inez Rodrigues Rosa, aí de Anápolis acabou de defender uma dissertação de mestrado na qual ela mostra que os jovens escrevem e lêem muito quando utilizam a internet nas lan house. A professora Claudia tem estas referências, caso você se interesse. Então, a questão é nós professores conhecermos as diferentes formas de uso para tomar decisões didático-pedagógicas com base no que sabemos e no que os nossos alunos sabem...Acho que este é um bom ponto de partida, né?

Joana disse...

Pollyana, no comentário que postei para a Belmice, comecei a tratar deste assunto. Há algumas pesquisas (minha e de duas orientandas: Inez e Lyandra) que tratam do uso que os jovens fazem da internet fora do contexto escolar, visando perceber se este uso desenvolve as habilidades necessárias para o uso deste meio no contexto escolar. O que a gente tem percebido é que os jovens não sabem tanto quanto parece. Por que fazem um uso irrefletido das tecnologias: sabem usar, mas não sabem descrever como usam e, por isto, podem ter dificuldade para transpor este uso para outros contextos. E utilizam muito bem, mas apenas algumas ferramentas, especialmente as ferramentas de comunicação. Conhecem muito pouco as possibilidades de pesquisa, que seriam fundamentais para um uso pedagógico. Por outro lado, não é verdade que se isolam: na maioria dos casos, a internet é mais um canal de comunicação. Eles começam uma conversa no corredor da escola, continuam pelo telefone celular e prosseguem pela internet. Por isto é legal fazer pesquisa: a gente tem a oportunidade de colocar em questão idéias cristalizadas, preconceitos, visões generalizadas que, nem sempre, correspondem à realidade dos fatos. Espero não ter fugido de sua questão...

Joana disse...

Pedro, só posso dizer que concordo inteiramente com você. A grande questão para os professores é contribuir para uma educação democrática e de qualidade. Para isto precisamos de bons salários, estrutura física adequada, projetos pedagógicos flexíveis, autonomia das escolas e professores com formação teórico-prática muito sólida. Eu não acho que o professor deva ser obrigado a seguir nenhuma metodologia e nem a utilizar nenhum recurso didático. Ele precisa ter formação que lhe permita decidir que meios utilizar para atingir as finalidades pedagógicas. Então, em relação às tecnologias eletrônicas, eu só acho que nós, professores, precisamos conhecer bem o espaço que estas ocupam na sociedade e na cultura de nossos alunos. A partir daí é que as decisões didáticas podem ser tomadas com adequação e respeito aos nossos alunos e sem deslumbramento ingênuo!

Joana disse...

Alex, você não formulou uma questão que possa ser respondida, mas propôs um tema de pesquisa (ainda bem que você gosta de pesquisa!). Então, ao invés de enumerar os 5 grandes desafios, o que demandaria um estudo mais aprofundado, vou te dizer o que considero mais importante no que diz respeito ao professor. Já abordei isto em comentários trocados com seus colegas, mas eu realmente estou convicta que nós, formadores de professores, precisamos nos comprometer com a formação de um profissional intelectual e crítico. O papel mais importante do professor não é de natureza técnico-instrumental, mas de caráter intelectual e crítico. Por isto, o mais importante não é aprender a utilizar este ou outro equipamento. As inovações tecnológicas estão cada vez mais aceleradas e sempre teremos que nos dispor a aprender a operar máquinas e recursos novos. Mas, o fundamental é sabermos para quê operamos tais recursos. O importante é compreendermos o lugar destes recursos na sociedade e a real demanda em relação a como utilizá-los. A questão de base é: que tipo de sociedade queremos constituir? Que projeto de civilização queremos apoiar? A partir daí é que tomamos nossas decisões sobre como nos relacionarmos com os objetos tecnológicos que estão cada vez mais intrincados com o nosso trabalho, o nosso lazer, as nossas formas pessoais de comunicação...

Joana disse...

Alessandra, nos comentários que dirigi para a Belmice e a Pollyana abordei um pouco este tema, mesmo que não tenha sido direcionado para a questão da educação a distância. Na verdade, as práticas contemporâneas de educação a distância no Brasil e no mundo são baseadas na organização das condições de ensino e de aprendizagem tendo como suporte a utilização de meios de comunicação online. A separação no tempo e no espaço são elementos que constituem também a chamada educação presencial (o aluno deve estudar e fazer tarefas fora do momento e do local da aula) e, hoje, temos utilizado recursos diversos para continuar orientando os alunos mesmo quando não estamos juntos no mesmo espaço e ao mesmo tempo. Esta disciplina que você está cursando sob a condução da professora Claudia é um exemplo disto. O que você acha? Como você tem se sentido? Você acha que está aprendendo menos por que uma parte das atividades é realizada através do suporte virtual?

Joana disse...

Juliana, as TIC são artefatos que emergem de demandas econômicas da nossa sociedade. Elas não foram desenvolvidas originalmente com finalidades pedagógicas. A internet foi criada com finalidades bélicas. Podemos integrá-las aos processos pedagógicos, mas sabendo que suas características técnicas e funcionais, por exemplo, não são direcionadas para finalidades educativas. Por isto que eu tenho repetido que não basta o professor ter preparo técnico. É preciso refletir sobre o que o recurso permite do ponto de vista técnico e funcional para conseguir descobrir e desenvolver possibilidades de utilizá-lo como ferramenta pedagógica E isto serve para qualquer recurso, concorda? Então, questão é muito mais de ordem metodológica: o que eu quero ensinar por meio deste recurso? Como eu quero que meus alunos aprendam por meio deste recurso? E, só a partir daí é que o professor decide que ferramentas tecnológicas utilizar. E, se não sabe, ele pode buscar aprender. Mas o professor terá motivação para aprender porque foi ele que decidiu porque e como utilizar tal ferramenta. A professora Claudia teve que “programar”, estruturar este blog de um maneira específica para poder utilizá-lo da forma como está utilizando com vocês. Quanto à questão sobre o sentimento de abandono do aluno na educação a distância, como eu já abordei um pouco o assunto em outros comentários, vou te direcionar uma pergunta: você tem se sentido abandonada nos momentos em que esta disciplina se passa a distância?

Educação e Direito disse...

Bom dia Profª .Drª. Joana!!

Aproveitando o gancho desse último comentário, gostaria de dizer como me sinto a respeito da disciplina semipresencial da qual estamos participando. Penso que as ferramentas tecnológicas que estão à disposição do professor hoje são realmente de valor inestimável, contudo não são um fim em sí mesmas, como antes abordado nos comentários acima. Concordo quando a Sra. diz que utilização das TICs é uma inovação que deve ser analisada pelo professor para ser aplicada no momento e espaço adequados, já com relação ao ensino a distância sinto que tira um pouco da humanidade, do coleguismo, da solidariedade. E, eu, em particular, sinto falta do contanto pessoal não só com o professor como com os colegas. Como posso participar ativamente do crescimento pessoal e intelectual do colega que não conheço? A pergunta pode parecer piegas, mas é o que sinto. Por exemplo, apesar da Profª. Cláudia ser excelente, e ser uma das melhores prof. dessa pós, às vezes me sinto desmotivada a participar das atividades fora da sala de aula. Talvez eu ainda não tenha me adequado a essa nova realidade!!
Rubyane Ferreira Brito Wobeto.

Rilene Soares disse...

Para a Dra. Joana Peixoto,
obrigada pela atenção e pelos esclarecimentos, fico feliz em constatar que temos fontes riquíssimas as quais podemos recorrer em caso de novos estudos sobre a educação e outros temas acredito eu.
Gostaria de dividir outro ponto de vista: a sociedade brasileira em sua maioria carece de tantos cuidados, especialmente no que tange intelectualidade, uma vez que esta costuma ser distribuída tão hipocritamente por meio das mídias como bem ressalta Pedro Demo em sua obra "Pobreza Política". Realmente ser professor precisa estar além da simples técnica de ensinar. Precisamos letrarmo-nos em primeiro lugar e depois a nossos alunos e a seu grupo de convivência. Para tanto as ferramentas tecnológicas ao nosso dispor tem sido de fundamental apoio junto à educação.

Joana disse...

Rubyane, obrigada pelo seu depoimento. Você permite que eu possa abordar um outro aspecto didático-pedagógico importante: as pessoas aprendem de formas diferentes e o estilo pessoal interfere no tipo de aprendizado. Por isto que eu insisto que o professor não deve ser obrigado a utilizar as tecnologias. E o aluno também não. Quanto à educação a distância, também poderia ser uma alternativa e não a única alternativa de estudos. No caso desta disciplina que você está cursando, a proposta é que você conheça e vivencie a utilização de meios de comunicação eletrônicos para aprender: esta experência é fundamental para cada um avaliar a ferramenta e refletir sobre o seu uso ou não em suas futuras atividades como docente.

Joana disse...

Então Rilene, como você demonstra bem compreender: a integração das tecnologias á educação não é apenas uma questão didático-pedagógica. É preciso tratar este tema como toda a educação, que é um fenômeno político e cultural, ao mesmo tempo em que possui a especificidade pedagógica.

alessandra disse...

Para a Dra. Joana Peixoto
Estou gostando de interagir com as pessoas, através de uma comunicação online. Nessa disciplina tive a oportunidade de apresentar um seminário sobre a UAB, o que me fez perceber que a educação a distancia não é melhor, e nem pior que a educação presencial. O que faz a diferença é o interesse, a participação, a dedicação e o querer do aluno. Você em seus relatos, também me ajudou a ver a EaD com outros olhos. Alem disso essa oportunidade de estar aqui dialogando com você, é a prova viva que a educação a distancia nos oferece alguns privilégios. As TIC nos fornece novas formas de construir e de compartilhar conhecimento.
Obrigada pela atenção !

Luana disse...

Bom dia, Professora Joana Peixoto, tudo bem com a senhora?
Meu nome Luana Moreira, sou licenciada em informática e sempre estou me questionando sobre as novas tecnologia e a educação neste contexto contemporâneo.
Primeiramente gostaria de parabenizá-la pelo seu trabalho e por sua dedicação. È uma honra poder desfrutar de sua ilustre companhia. Desde já agradeço!
Ao analisarmos o sistema educacional brasileiro percebemos que a chegada das novas tecnologias, principalmente na educação, não passa de uma nova forma mascarar a verdadeira realidade. Vivemos em uma sociedade altamente capitalista na qual nos impõe sua ideologia. As novas tecnologias invadiram todos os seguimentos da sociedade. Segundo Novaes, o homem torna-se um ser dependente dessas tecnologias, pois, não consegue se ver sem elas. Hoje não conseguimos viver sem a internet, sem o celular, sem o computador, sem os ambientes de relacionamento virtual, sem o cartão de crédito, sem o carro... Neste enfoque a partir desse conceito de dependência o homem não percebe que a tecnologia assume uma função bem mais importante do que si próprio. Com toda a automação que os avanços tecnológicos proporcionam à sociedade, possibilitou que os mesmos se tornassem algo a mais do que o homem, diversos trabalhadores foram e estão sendo substituídos por máquinas sofisticadas, que produzem bem mais que o homem e com um custo benefício bem mais acessível.Na educação isso não é diferente, as novas tecnologias invadiram o âmbito educacional. A EAD chega como uma nova modalidade de ensino, escolas estão sendo informatizadas tecnologicamente, computadores, invadem o contexto escolar, diversos profissionais estão e serão substituídos pelas novas tecnologias. Não que essas novas tecnologias não sejam de certa forma positivas no âmbito educacional, mas essa disseminação não deixa de ter um caráter intencional, não deixa de ser uma ideologia de uma sociedade altamente ideológica.
As TICs são vistas como a salvação da educação, mas não passa como a senhora mesmo falou de artefatos que emergem de demandas econômicas da nossa sociedade.
Particularmente vejo que podemos utilizar essas novas tecnologias de forma vindoura na educação, mas para isso devemos utilizá-las de forma consciente e ter a plena consciência que elas não passam de um instrumento de auxilio para o profissional da educação. Não adianta informatizar as escolas sem qualificar os professores. A EAD pode ser uma modalidade de ensino muito importante, mas ainda precisa-se ser modulada conforme a verdadeira realidade. Concordo com a senhora quando fala que a utilização das TICs deve ser analisada pelo professor, mas sempre me questiono como que um professor que mal possui uma formação pedagógica, que está desatualizado, que não tem nenhum contato e nenhuma preparação tecnológica poderá analisar essa utilização? Pois, quando se depara com as novas tecnologias sente-se um ser inferior, pois é isso que lhes é passado, que a tecnologia é algo capaz de revolucionar a educação. Nossa realidade ainda é muito diferente do que nos é apresentado pela mídia e pelos meios de comunicação.
A educação brasileira hoje é o escopo dessa sociedade capitalista e ideológica, na qual reproduz toda essa ideologia.

Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação disse...

Bom dia, Profa. Joana!

Se a utilização das tecnologias implica numa lógica econômica, então como que o
indíviduo faria isto partindo do princípio de um caráter cultural e social?
Qual seria a relação sócio-cultural-econômico? Então o indivíduo menos estabelecido economica-
mente não teria acesso às tecnologias?


Valceni

Anônimo disse...

Professora Dra. Joana Peixoto,

É um grande prazer conversar com você. Gostaria de, primeiramente, parabenizá-la por seu trabalho.

Em seu texto “Tecnologia e Práticas pedagógicas: as TIC como instrumentos de mediação nos diz que os instrumentos constituem para o sujeito numa íntima relação com os artefatos inscritos na história e na cultura de uma sociedade. Nos diz ainda que é importante apreender as formas de organização da atividade, dos processos e funções psíquicas que são influenciadas. Bem, em nossa sociedade considero que estamos totalmente preparados para a influência que as TIC exercem, nem estamos preparando adequadamente os indivíduos para tal, falta ainda investimentos consideráveis em nossa educação. Nosso ordenamento jurídico, por exemplo, é ainda muito deficiente para contemplar as mudanças de comportamento geradas pela influência das TIC, apesar de no que refere-se ao rito prático processual já contemplar algumas mudanças consideráveis oferecidas pela tecnologia, como por exemplo, o sistema Projudi de acompanhamento processual online, bem como a disposição de todas as leis, jurisprudências e súmulas, entre outros, na rede para fácil e rápida consulta, contudo não para todos, uma vez que a tecnologia ainda não alcança todas as classes sociais.

Gostaria de saber qual sua opinião em relação a influencia das TIC no Direito, como é possível e de que maneira difere ou assemelha na mediação nas praticas pedagógicas.

Atenciosamente.

Georgia G. Caixeta de Medeiros
Graduada em Direito e Pós-Graduanda em Docência Universitária ambos pela UniEvangélica- Centro Universitário de Anápolis- GO

Joana disse...

Para Luana e Valceni:
LUANA, o seu raciocínio faz todo sentido e já foi percorrido por alguns pensadores. Como já deve ter ficado claro: na minha opinião, a questão das tecnologias na educação não pode ser pensada de forma separada do papel reconfigurador que estas tecnologias exercem na sociedade, como diz Castells. Assim como a EAD não pode ser pensada de forma dissociada da educação como um todo. E, se vivemos numa sociedade capitalista, dividad em classes sociais com interesses antagônicos, é inevitável existir a dominação de uma classe sobre a outra. Mas, Castells também se baseia no materialismo histórico e dialético que nos ensina que a sociedade é contraditória. A dominação de uma classe sobre a outra não é exercida de forma perfeita. Há brechas que podem ser ocupadas pela classe dominada. E é aí que uma educação emancipadora pode exercer o seu papel.
Por isto, VALCENI é que, mesmo tendo menos acesso às tecnologias, os sujeitos sociais pertencentes às classes dominadas, também são sujeitos, também podem manifestar resistência e agir de forma a transformar a realidade que os oprime.
Então LUANA e VALCENI, é aí que reside o papel revolucionário da educação. Demanda muito esforço e uma atuação que envolva desde os aspectos macro sócio-polítco-econômicos, como os aspectos intraescolares e didático-pedagógicos.
A tarefa não é fácil, mas, por incrível que pareça, conheço muita gente que está com a mão na massa agindo para fazer uma educação de qualidade, com profundidade e democratizadora.

Joana disse...

Georgia, acho que, de uma maneira geral, podemos adotar as mesmas grandes categorias para analisar o aparelho jurídico. Por que, na verdade, nós não estamos falando de tecnologias mas de EDUCAçÂO e, por meio da educação de um projeto de sociedade. Quanto ao sistema jurídico (que não é minha área), acho que as decisões técnicas devem ter consequencias sociais e políticas importantes. Então, trata-se de pensarmos que tipo de sociedade queremos construir. Não um discurso vazio e ingênuo: mas uma decisão política que nos permita tomar decisões no nosso espaço de atuação, estpecialmente decisões coletivas, que nos permitam avançar, mesmo que a pequenos passos...

Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação disse...

Bom dia, Profa. Joana!

Gostaria de te agradecer pelas relevantes contribuições no debate sobre a Educação e as Tecnologias da Informação e Comunicação, em particular, sobre seu texto. Foi muito importante para a turma dialogar com a autora do texto e perceber mais essa possibilidade dos ambientes vituais de aprendizagem, nesse caso, aberto e colaborativo.

Fica aqui um abraço de toda a turma e um agradecimento especial meu.

Abraços,

Profa. Cláudia